Descubra como a escolha do regime tributário impacta a margem de lucro do seu negócio e aprenda a tomar a melhor decisão para a sua empresa.
Apesar de afetar diretamente o resultado da empresa, a maioria dos empresários brasileiros não sabe como funcionam e quais as diferenças entres os regimes tributários disponíveis.
Administrar bem um negócio requer esforço e habilidade, mas também conhecimento. Entender bem todos os aspectos que interferem no resultado fará com que o administrador tome as melhores decisões e não seja punido pela concorrência mais atenta.
Um desses pontos é a tributação, e a escolha do regime tributário é uma das primeiras grandes decisões a ser tomada.
O regime tributário define de que forma serão apurados os tributos federais devidos pelas empresas (IRPJ, CSLL, PIS e Cofins).
A cada ano a empresa deve reanalisar o regime escolhido e pode fazer a opção pelo que for mais vantajoso, podendo optar pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
Simples Nacional
- Quase todos os impostos são calculados sobre o faturamento da empresa e recolhidos de forma unificada numa única guia.
- O valor a pagar é encontrado multiplicando a alíquota pelo faturamento do mês. Quanto maior for o faturamento da empresa, maior será o percentual aplicado.
- Menor custo tributário sobre a folha de pagamento dos funcionários.
- Podem optar as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que faturem até R$ 4,8 mi no ano.
Simples Nacional: o que é e como funciona
Lucro Presumido
- A lei determina o percentual de presunção de lucro sobre a receita da empresa. Sobre esse resultado é calculado os tributos que incidem sobre o lucro (IRPJ e CSLL).
- PIS e Cofins em alíquota menor, sem possibilidade de aproveitamento de créditos.
- Empresas com faturamento até R$ 78 mi no ano.
Lucro Real
- IRPJ e CSLL calculados sobre o lucro da empresa, com alguns ajustes previstos em lei. Caso a empresa tenha prejuízo não terá que recolher esses tributos.
- Pis e Cofins com alíquotas maiores, porém com possibilidade de aproveitamento de créditos sobre as despesas, reduzindo assim o valor a pagar.
- Qualquer empresa pode optar.
Qual o melhor regime tributário?
Para saber o mais indicado para cada negócio é imprescindível um planejamento tributário que avalie o porte da empresa, a margem de lucro, o volume e tipo de despesas, eventuais benefícios fiscais, a folha de pagamento e as determinações legais.
Simples Nacional tende a ser mais vantajoso para:
- Empresas com baixo faturamento, já que os tributos são calculados sobre as vendas com alíquotas que aumentam gradativamente junto com a receita da empresa.
- Alta folha de pagamento de funcionários, já que há desoneração de alguns tributos que incidiriam sobre essas verbas e a parte patronal do INSS já está incluída no valor a ser pago dentro do Simples.
- Baixo volume de despesas, tendo em vista que não há aproveitamento de créditos das compras realizadas nos tributos federais.
Já o Lucro presumido pode ser a melhor opção quando:
- Empresas cuja margem de lucro praticada seja maior que a presunção prevista em lei, geralmente 32% para serviços e 8% para o comércio.
- Tenha poucas despesas, visto que não serão abatidas no cálculo do PIS e da Cofins a pagar.
Analise a possibilidade de escolher o Lucro Real para:
- Empresas com baixa margem de lucro, ou que operem períodos de prejuízo.
- Alto volume de despesas passíveis de redução do valor a pagar de PIS e Cofins.